14 de setembro de 2009

As ordens religiosas femininas na América Latina


A vida religiosa feminina no Brasil não é diferente da vida religiosa na América Espanhola e deve ser analisada dentro do contexto de total dependência da mulher em relação ao homem. Assim como não se imaginava a mulher fora do lar, mas em estreita dependência do marido, assim o único lugar possível para a religiosa era viver fechada entre as paredes do claustro ou do convento, em dependência total da superiora, a qual por sua vez dependia da autoridade do bispo. Nesta situação era impensável a atividade missionária para a mulher, fosse religiosa ou leiga. No Brasil colonial, os recolhimentos e depois os conventos para mulheres foram bem recebidos e ate solicitados pela sociedade colonial. No Brasil o motivo foi o mesmo da América Espanhola: a fim de conservar seu patrimônio, os grandes senhores procuravam limitar os matrimônios de suas filhas, pois isto significava divisão da terra. A saída era colocá-las nos conventos. Também as mulheres que por algum motivo não tinham dinheiro suficiente para realizar um casamento de acordo com sua posição social eram colocadas nos conventos e também entravam neles as mulheres que ficavam viúvas.


REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BIDEGÁIN, Ana María. História dos Cristãos na América Latina; tomo I; Tradução: Jaime A. Clasen. Petrópolis, RJ: Vozes, 1993.

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