"Igreja Católica Reformada". Este é o nome da confissão fundada na Venezuela por um grupo de religiosos que se identificam politicamente com o presidente Hugo Chávez. Entre as novidades que apresentam, inclui-se a aceitação do divórcio, da homossexualidade e do casamento dos padres.
Segundo relata o jornal espanhol El Mundo, os membros desta igreja são dissidentes de outras confissões cristãs, mas defendem "os ideais socialistas de Chávez" que consideram estar em sintonia com o "objectivo cristão de ajudar os pobres".
Quem não vê com bons olhos este novo movimento são aquelas igrejas que perderam alguns dos seus elementos. E as críticas já de fizeram sentire por parte da Conferência Episcopal venezuelana, da Comunhão Anglicana e da Igreja Luterana.
"Heréticos e dissidentes". É assim que o cardeal venezuelano Jorge Urosa Sabino descreve os membros da Igreja Católica Reformada, dando voz a um comunicado da Conferência Episcopal do seu país, para acusar de "gravíssimo pecado" o que considera ser um "cisma" e "um escândalo para os fiéis".
Maior parte dos cerca de dois mil seguidores desta nova confissão religiosa concentra-se no estado de Zulia e distribui-se por cinco templos venezuelanos, com a sede em Ciudad Ojeda. "Socialista, bolivariana e revolucionária". Esta é uma espécie de triple insígnia, que a distingue da matriz católica, com quem tem outras divergências, tal como a aceitação da homossexualidade, do divórcio e do casamento dos sacerdotes - opção tomada por quase todos os pastores que a compõem.
Reflexo ou não das fricções do presidente venezuelano com a Igreja Católica no país, certo é que Hugo Chávez não vê com bons olhos os seus dirigentes a quem já chamou "vagabundos" e "atrasados mentais", apontando que "alguns levam o diabo debaixo da sotaina".
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