Em uma carta aberta ao presidente brasileiro, Levy reconhece que o ex-militante do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), foi condenado "por um tribunal regular" e ressalta que "nunca sonharia em colocar em dúvida o caráter democrático" da Itália.
Considerado terrorista na Itália, Battisti está preso no Brasil desde 2007 e recebeu o status de refugiado político em janeiro deste ano. No último dia 18 de novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu parecer favorável ao pedido de extradição feito pelo Estado italiano. Ao se pronunciarem, os membros do STF também elevaram a Lula a decisão final sobre o caso.
No texto, publicado na revista francesa Le Point, o filósofo lembra, porém, que "acontece também nas melhores democracias cometer erros e injustiças". "Quero esclarecer logo, senhor presidente, que eu, mais do que ninguém, tenho horror ao terrorismo. E quero esclarecer desde já que a luta contra o terrorismo é uma das constantes da minha existência", disse Levy.
"Se me dirijo ao senhor, é porque não foi justamente estabelecido que Battisti seja aquele terrorista que foi pintado pela imprensa", afirmou o filósofo. Em seu apelo, Levy afirma também que "ficaria consternado em ver Lula contrariar uma tradição de acolhida que é a honra do seu país". O filósofo definiu o Brasil como uma nação onde "milhares de homens e mulheres vindos de dezenas de países encontraram refúgio".
Colaborador: Rodney ELoy
Fonte:Terra
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