13 de outubro de 2010

Beatificação de Padre Albino - o Santo de Catanduva-SP


"Quando vivo, já se falava que ele era um padre santo" Pe. Synval


A Fundação Padre Albino (FPA) vai iniciar o processo para a beatificação de Padre Albino. A informação é do presidente da Diretoria Administrativa, Geraldo Paiva de Oliveira, e do Padre Synval Januário, membro honorário da Fundação.

Segundo Oliveira, a Fundação já tinha intenção de buscar a beatificação do padre em função do grande número de manifestações populares em agradecimento a graças que supostamente teriam sido alcançadas graças a Padre Albino. Diversas placas foram colocadas em seu túmulo no Cemitério Nossa Senhora do Carmo.

A idéia de beatificação ganhou corpo quando o bispo de Catanduva, Dom Otacílio Luziano da Silva, foi informado sobre a adoração ao padre. O bispo então levou as informações ao Conselho de Presbíteros, que reúne os representantes dos padres da Diocese, que a aceitou.

“Com a Instrução para realização dos inquéritos diocesanos nas causas dos santos (Sanctorum Mater) nas mãos, padre Synval Januário explicou como se dá todo o processo de beatificação. O primeiro passo é a contratação de um especialista, chamado postulador da causa, que acompanhará o processo e fará a pesquisa sobre o candidato junto às autoridades diocesanas. Ele poderá ser um sacerdote, religioso ou religiosa, membro de sociedade de vida apostólica ou leigo(a) perito em Teologia, Direito Canônico e História, nomeado pelo autor da causa, aprovado pelo Bispo e morar na Diocese”, explicou Mauro Assi, assessor de imprensa da Fundação.

Assi explicou que o processo de beatificação é composto por duas etapas, diocesana e a romana. “Nesta primeira etapa, o postulador apresenta ao Bispo Diocesano a petição escrita para o início da causa. O Bispo investiga, no âmbito da Diocese, sobre a vida, virtudes, fama de santidade e possíveis milagres de Padre Albino. Há necessidade, também, de comprovar a importância eclesial da causa. O Bispo, ainda, deve pedir à Conferência Episcopal Regional (CNBB Regional) o parecer sobre a oportunidade de iniciar a causa. Só depois disso publica o pedido do postulador através de um edital fixado na Catedral ou publicado no Boletim Diocesano. No edital o Bispo convida todos os fiéis a dar notícias úteis sobre a causa”.

Depois da publicação, o bispo indicará oficiais (delegado episcopal, promotor de justiça, notário e em se tratando de milagre de cura, médico ou técnico pericial) que atuarão na investigação. “Durante essa etapa, o postulador deve apresentar as possíveis e eventuais dificuldades e será responsável pelo uso dos bens financeiros oferecidos pela causa. A Fundação Padre Albino vai assumir o compromisso financeiro de todo o processo”, completa o assessor.

A próxima etapa do processo é no Vaticano. “Encerrada a etapa diocesana do processo, este será encaminhado ao Vaticano, à Congregação para as Causas dos Santos, por um portador nomeado pelo Bispo. Aí se inicia a fase romana do processo, quando também deverá ter o postulador próprio, residente em Roma, aprovado pela mesma Congregação”, conta Mauro Assi.

Entenda
Segundo a Fundação Padre Albino, “a beatificação é o primeiro passo rumo à canonização. Para ser considerada oficialmente beata pela Igreja, a pessoa precisa, além da santidade de vida e virtudes cristãs em grau histórico, ter feito pelo menos um milagre ou ter dado a vida pelo martírio. O título de Beato quer dizer que é permitido prestar-lhe culto público. Uma das diferenças entre santos e beatos é que o beato tem o seu culto limitado a algumas regiões, enquanto o santo é cultuado universalmente, em toda a Igreja”, finaliza.



Fonte: Portal Notícia da manhã - Catanduva-SP

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