8 de agosto de 2011

A mais valia de Karl Marx (O comentário será contado como participação)


O conceito de mais-valia é um conceito-chave. Através dele podemos explicar, de forma científica e rigorosa, a exploração capitalista e, assim, vislumbrar o que é necessário para suprimi-la.
Como já vimos anteriormente, o operário só possui sua força de trabalho. Ele a oferece como mercadoria ao burguês (dono dos meios de produção), que a compra por uma determinada quantia em dinheiro (salário) para fazê-lo trabalhar durante um certo período de tempo; 8 horas por dia, por exemplo. A partir do momento em que a compra, a força de trabalho do operário passa a pertencer ao burguês, que dispõe dela como quiser.
O custo de manutenção da força de trabalho (operário, maquinas) constitui seu valor; a mais-valia é a diferença entre o valor produzido pela força de trabalho e o custo de sua manutenção. 
Para ficar mais fácil de entender, vamos estudar um exemplo. Suponhamos que um operário seja contratado para trabalhar 8 horas por dia numa fábrica de motocicletas. O patrão lhe paga 16 reais por dia, ou seja, 2 reais por hora, o  operário produz duas motos por mês. O patrão vende cada moto por 3883 reais. Deste dinheiro, ele desconta o que gasta com matéria-prima, desgaste de máquinas, energia elétrica, etc.; exagerando bastante, vamos supor que esses gastos somem 2912 reais. Logo, sobram de lucro para o patrão 971 reais por moto vendida (3881 menos 2912 é igual a 971). Se o operário produz duas motos por mês, ele produz, na verdade 1942 reais por mês (2x971). Se, num mês, ele trabalhar 240 horas, produzirá 8,1 reais por hora (1942 dividido por 240 horas). Portanto, em 8 horas de trabalho ele produz 64,8 reais (8,1x8) e ganha 16 reais. A mais-valia é exatamente o valor que o operário cria além do valor de sua força de trabalho. Se sua força de trabalho vale 16 reais e ele cria 64,8, a mais-valia que ele dá ao patrão é de 48,8 reais. Ou seja, o operário trabalha a maior parte do tempo de graça para o patrão! Para saber quanto, basta fazer uma regra de três simples: 
64,8 --- 8 h.
16--- X
       
               16 vezes 8 dividio por 64,8   é igual a 2h e 6m
   Conclusão: das oito horas que o operário trabalha, ele só recebe 2 horas e seis minutos. O resto do tempo ele trabalha de graça para o capitalista. Esse valor que o patrão embolsa é o trabalho não pago.
Ao patrão o que interessa é o aumento constante da mais-valia porque assim seus lucros também aumentam. Para fazer isso, o capitalista usa algumas formas básicas: aumentando ao máximo a jornada de trabalho (“mais-valia absoluta”), de modo que depois do operário ter produzido o valor equivalente ao de sua força de trabalho, possa continuar trabalhando muito tempo mais; esta forma de obter maior quantidade de mais-valia é muito conveniente ao capitalista porque ele não aumenta seus gastos nem em máquinas nem em locais e consegue um rendimento muito maior da força de trabalho. Era o método mais utilizado no começo do capitalismo. Mas não se pode prolongar indefinidamente a jornada de trabalho. Existem limites para isso:
 Limites físicos – porque se o operário trabalha durante muito tempo, não pode descansar o suficiente que dê para refazer sua força de trabalho na forma devida irá produzindo um esgotamento intensivo, logo, uma baixa no rendimento, o que não interessa ao patrão.
Limites históricos – porque à medida que o capitalismo foi se desenvolvendo, a classe operária também se desenvolveu, se organizou e começou a lutar contra a exploração capitalista. Através de árduas lutas a classe operária foi conseguindo reduzir a jornada de trabalho, obrigando o capitalista a buscar outras medidas para aumentar a mais-valia. Então, para isso, o patrão teve de lançar mão de outras formas para fazer com que o operário produzisse mais, reduzindo o tempo de trabalho necessário (“mais-valia relativa”), sem reduzir a jornada de trabalho: introduzindo máquinas mais modernas, incentivando a produtividade, etc.
O fim da exploração capitalista exige o fim da propriedade e do controle privado dos meios de produção e a abolição do direito de herdá-los. Ao eliminar a propriedade privada dos meios de produção, eliminamos o antagonismo de classes e abrimos caminho para o fim de toda exploração. Socializando assim entre os que produzem as riquezas que são produzidas.

Fonte:Pstu

5 comentários:

Anônimo disse...

Realmente os capitalistas tiravam proveito da necessidade dos trabalhadores de sustento familiar e próprio. Os burgueses abusavam dos trabalhadores aumentando sua jornada de trabalho e lhes dando um mísero pagamento, conseguindo demasiados lucros diante disso.
Na "mais valia absoluta", os trabalhadores realizavam horas exaustivas de trabalho, o que não foi benéfico aos capitalistas, pois o serviço acabava sendo ineficaz, diminuindo o lucro gerado para o bolso dos burgueses, que logo aboliram esta ideia.
Na "mais valia relativa", os trabalhadores já estavam formulando ideias e maneiras para dar um fim á esta exploração. Os patrões tiveram de diminuir a jornada de trabalho dos mesmos, incrementando máquinas mais produtivas.
Esta exploração capitalista teve fim com abolição da privatização, fazendo com que a diferença entre as classes sociais diminuísse e os direitos fossem aplicados a todos os cidadãos de maneira uniforme e correta.

Trajano Camargo - Thaís Fernandes Morgado, 34, 2º C

Anônimo disse...

O Capitalismo é extremamente abusivo, porem mesmo assim as pessoas ainda concordam em viver nele, pois é mais comodo. Mas as consequencias dessas comodidades estão totalmente visiveis na sociedade, onde há uma desigualdade muito grande.
A causa dessa desigualdade é a teoria da "mais valia absoluta" pois os trabalhadores trabalham cada vez mais para ganhar um salário mínimo que mal da para pagar as despezas domésticas, quanto mais para a alimentaçã, educação e lazer. Mas apesar de tudo eles ainda estão empregados. Pois com a teoria da "mais valia relativa" há muita tecnologia nas empresas, ou seja a maquina substitui o trabalho de no mínimo 2 funcionarios, e estes são dispensados pois dão mais gastos para o patrão do que uma maquina, assim sem emprego o pai de família não ocnsegue pagar as despezas, comprar o alimento, dar educação adequada aos seus filhos e ter um momento de lazer. Assim eles só produzem gastos para a sociedade (que na maioria das vezes são aqueles da teoria da "mais vailia absoluta") atraves dos impostos pagos ao governo que distribui " bolsa ajuda" a família com poucas condições financeiras.
No fim torna-se um ciclo os pobres(trabalhadores) cada vez ficam mais pobres e os ricos(patrões) cada vez mais ricos.
Trajano Camargo - Micheli Sílvia Mateus 29 2c

Anônimo disse...

nome:Ana Beatriz Souza Deco
Escola:TRAJANO CAMARGO 2C

a sociedade vive em uma constante desigualdade social,devido ao capitalismo ´onde os patrões só pensam em obter lucro então deveria haver a redução da jornada de trabalho para 40h de jornada de trabalho semanal.Ainda por muitos terem diplomas e poucos empregos muitos pais de familias são sujeitados a trabalhar por um baixo salario para não perder o serviço.

Anônimo disse...

Karen Nascimento nº20 2ºC, Trajano Camargo.

Não é de se surpreender que num sistema capitalista exista uma busca incessante pelo lucro, mas é de se surpreender que muitos vivam numa assolada desigualdade social, enquanto outros tem do bom e do melhor, mas isso acaba se tornando uma situação cômoda, pois enquanto proletariado é explorado ao máximo pela burguesia, que lhe toma a força de trabalho e lhe paga miseravelmente, este mesmo proletário se "conforma", pois sem este trabalho não há dinheiro,nem alimentação,uma boa escola,uma casa,roupas,lazer e por ai vai. A questão é que nimguém vive sem o capitalismo,e não é que todos os meios de produção privada deveriam ser abolidos, pois talvez desigualdades sociais seriam menores,mas acontece que sem ele as coisas poderiam ser piores, como já se sabe que ocorreu na história mundial,e talvez por isso o capitalismo ainda seja tolerado, já que parece que é o dinheiro que move o mundo.

Anônimo disse...

No início do capitalismo, os burgueses, na busca incessante pelo lucro, exigiam o máximo dos proletários, e esses, usando toda sua força de trabalho, ganhavam salários miseráveis que mal davam para suprir suas necessidades básicas. Porém à medida que o capitalismo foi se desenvolvendo, a classe operária também se desenvolveu, e começou a lutar contra a exploração capitalista. Após árduas lutas pelo seu interesse, a classe operária foi conseguindo reduzir a jornada de trabalho, obrigando o burguês a buscar outras formas para aumentar a mais-valia. Para isso, teve que se pensar em outras formas para fazer com que o operário produzisse mais, reduzindo o tempo de trabalho necessário, sem reduzir a jornada de trabalho. Então, foi introduzido máquinas mais modernas, incentivando a produtividade.
Para o fim desta exploração capitalista, seria necessário eliminar a propriedade privada dos meios de produção, assim eliminando a diferença de classes, dando fim a toda exploração.
Mariana Francisco n°24 2°C Trajano Camargo.