5 de setembro de 2011

Egoísmo - um ensaio sobre o entendimento humano: condutas massificadas


Nós somos conduzidos pó forças alheias ou somos donos dos nossos narizes?

Somos livres?

A grande sacada para entender a massificação do ser humano e de todas as instituições está numa única palavra: EGOÌSMO.

Todos nós somos um pouco egoístas? O que fazer com nosso egoísmo? Devemos assumi-lo ou lutar contra ele?

Para Max Stirner, o homem é um ser egoísta, embora não saiba o que fazer com seu egoísmo. Assim, o pensador propõe que cada um deve assumir seu egoísmo, tornando-se dono de si mesmo.

Quando as pessoas procuram se libertar do egoísmo servindo a Deus, na verdade acabam servindo aos líderes religiosos (papa, padres, pastores, “apóstolos”: Valdomiro, Estevan etc) e a si mesmos, de maneira parcial. Deus acaba não sendo um ente pessoal, mas apenas uma ideia para o indivíduo e que inconscientemente o segue sem ao menos saber se Ele existe ou não.

David Hume tem uma resposta para este enigma. Os homens (ou pelo menos a maioria), só servem a Deus por temerem a morte. Ou ainda, só servem a Deus por pensar que se Deus existe, os homens que os seguem serão felizes. Puro egoísmo!

Deus é portanto, um trampolim para a felicidade humana e não um ser necessário independentemente da felicidade ou não.

Por outro lado, quando as pessoas procuram servir à sociedade, elas acabam servindo a líderes políticos, pois a sociedade ou a nação também são ideias e não entes concretos. Quando as pessoas procuram trabalhar, na verdade não o fazem se não por um egoísmo de querer ter tudo e ser tudo. Mais uma vez o trabalho é apenas um trampolim para a felicidade humana e não um projeto de vida.

Portanto, pensamos egoisticamente: vou servir a Deus porque lucrarei com isso indo para o céu por meios das feitiçarias elaboradas por muitos líderes religiosos – exemplo: sabonete do descarrego, água santa de Jerusalém, terra santa de Jerusalém, toalhinhas benzidas ou até meias benzidas, e assim por diante, ou vou servir a sociedade porque terei prestígio e serei considerado bom.

Eis o egoísmo na gênese humana.

O cristianismo ocidental moderno, tentou e conseguiu criar um indivíduo com aparência de livre (dono de seu nariz), mas que no fundo é escravo da razão alheia, da fé (falsa fé) ou mesmo do Estado.

Todas essas instancias e entidades prometeram a liberdade desde que renunciemos de alguma forma a nós mesmos, pois não existe liberdade interior.

Na verdade, o ser humano ficou cativo de uma falsa liberdade exterior. A única forma de ninguém aprisionar ninguém é pelo nosso interior.

Ora, o pensamento ocidental moderno inverteu este processo - a liberdade vem de fora. Mas isto é liberdade?De forma alguma. Isto é egoísmo.

Vivemos hoje numa sociedade extremamente egoísta. Este é o modelo de uma sociedade próspera. Tudo é meu, somente meu. Não existe relações independentes ou amistosas. Sempre há uma intenção por trás.

Autor: Marcos Martins César, professor de filosofia.

Resumo de aula do 2º ano do ensino médio

Um comentário:

Daniela disse...

nós seres humanos somos muito egoistas é bom vocs terem falado sobre o assunto isso é muito interessante e o egoismo das pessoas tenque acabar