29 de setembro de 2011

O Brasil precisa de menos sociólogos e filósofos e de mais engenheiros que se expressem com clareza

Fiz uma crítica severa à proposta de redução das aulas de língua portuguesa e matemática no ensino médio público de São Paulo em benefício das aulas de sociologia, por exemplo. A idéia de jerico é do secretário de educação, Herman Voorwald. Nessas horas, alguns bobinhos costumam dizer: “Ah, mas que mal há em debater o assunto?!” Sem essa de que tudo nesta vida é “debatível”! Algumas idéias são estúpidas “ab ovo”, como diria o meu antigo professor de latim — desde a origem. Ninguém precisa se jogar num buraco de três metros de profundidade para saber se machuca… Machuca! O puro empirismo é a religião dos cretinos.
Mais: a tese vem embalada naquele esquerdismo preguiçoso que toma conta da educação brasileira, em qualquer nível, pouco importa o partido que esteja no poder — com os petistas é sempre pior porque até uma dose de Gold Label que acabou de sair do freezer, acompanhada de um pedacinho de chocolate amargo (não é para se empanturrar…), é pior com eles do lado… Se os encontrarmos no céu um dia, o que é pouco provável, o céu já terá ido para o diabo… Mas volto.
Uma das misérias das nossas esquerdas é a ignorância específica, até em sua própria área de atuação. Nas “Teses sobre Feuerbach”, num de seus rasgos de obscurantismo, Marx afirmou que os filósofos, até então, haviam se dedicado a pensar o mundo; era chegada a hora de transformá-lo. A história do marxismo e dos regimes marxistas indica que aquela não era uma boa divisa. Serviu para justificar o obscurantismo da ação, desde que “revolucionária”.
Mas o matemático Marx, ora vejam!, era um homem que apostava, a seu modo, no avanço. Nunca chamou, por exemplo, o capitalismo de reacionário. Ao contrário: o sistema seria o progresso necessário a partir do qual se construiria o socialismo. Se alguém lhe dissesse que uma escola estava pensando em trocar aulas de matemática por aulas de filosofia (não dá pra falar em “sociologia” no século 19 nos termos de hoje), ele certamente se levantaria da cadeira, faria uma careta por causa dos furúnculos purulentos, e daria um pé no traseiro do infeliz.
Ele certamente diria que o mundo precisava mais de engenheiros que o transformassem do que de filósofos que o pensassem — e isso faria todo sentido, se querem saber. Idéia idêntica repetiu no livro “A Ideologia Alemã”, quando manga dos alemães na sua disputa com a França pela região da Alsácia-Lorena. Diz que os alemães, quando no domínio da região, se preocuparam menos em colonizá-la, que seria o certo, do que em espalhar a sua filosofia, que era a opção mais tola.
Os nossos esquerdistas poderiam ao menos ser marxistas, né? Embora estivessem abraçados a um erro essencial, seria ao menos um erro qualificado. Mas não! O seu horizonte máximo é essa escória petralha, que faz do proselitismo ignorante uma profissão de fé.
Acreditem! O Brasil tem uma inflação de sociólogos, filósofos, pedagogos e demagogos. O Brasil precisa de mais engenheiros, que saibam se expressar com clareza. O Brasil precisa de mais português e de mais matemática. E o secretário Herman Voorwald precisa de juízo.
Que o governador Geraldo Alckmin ponha fim a essa patuscada corporativista e obscurantista.

Por Reinaldo Azevedo

Fonte:Veja

Comentário do editor Marcos Martins César

A pergunta é: quem é este Reinaldo Azevedo? Qual a importância dele para o nosso país? Ele é o que? Blogueiro, jornalista ou um fofoqueiro “intelectual”, mantido por uma das piores revistas que este Brasil já teve – a Veja.

Precisamos de mais engenheiros? Óbvio que sim...afinal de contas um país se desenvolve com uma boa infra-estrutura. Agora, abolir ou menosprezar a filosofia e a sociologia, faça-me o favor. Este jornalista (que por sinal não precisa nem de diploma), metido a intelectual de MERDA (desculpe a grosseria) quer implementar aqui novamente a ideologia dos militares? Extirpar a filosofia e a sociologia do currículo escolar é a mesma coisa que tirar da escola o cérebro pensante. Vivemos em tempos onde as pessoas não pensam mais...tudo é descartável e fútil. Portanto, a filosofia e a sociologia se faz necessária para ser uma voz no fim do túnel diante do grande terror da humanidade....a falta de um discurso reflexivo e crítico.

Mas este Reinaldo Azevedo é a favor de um regime totalmente elitista, dos ricos e ainda se bobear, é a favor de uma ditadura. Para este senhor, menos filosofia e sociologia é melhor para que ele continue escrevendo as Merdas no blog dele....que a revista Veja possa continuar a enganar o povo.

Quem gosta de filosofia e sociologia deve se unir...vamos fazer uma campanha para que este boçal do Reinaldo Azevedo peça desculpas a todos os filósofos e sociólogos deste país, que luta tanto para tirar os nódulos de ignorância que este Reinaldo e a revista Veja não cansa de colocar nas cabeças das pessoas...

LAMENTÁVEL!




Um comentário:

Márcia Roos disse...

Buenas, tchê, é minha primeira vez aqui... :D

E, nossa senhora da bicicletinha... levei um susto monumental ao começar a ler o post, rsrsrs, ainda bem que conclui a leitura...
Juro-te que minha primeira impressão fora a pior possível, até chegar nas letras verdinhas.

Mas enfim, gostei deste lugar!!
Pretendo voltar.

Até mais.

Márcia Roos