Quero ir para o Alasca

Citando um verbete de Zé Simão, neste país da piada pronta, uma mulher é condenada, presa e poucas horas depois deixa a penitenciária.
Que piada né, 94 anos de prisão. Sabemos que ela no máximo irá cumprir, isso se for engaiolada alguns aninhos. Isso só para inglês ver!!
É inconcebível a libertação da Dona Daslu. Ela que meteu a mão em dinheiro alheio e mais, dinheiro público, logo, nosso dinheiro, está agora solta, tomando vinho importado e lendo reportagens na Isto É e na Veja, que trás na capa o seu retrato falado.
É por essas e outras que eu gostaria de morar no Alasca. E vem uma mulher fútil, compradora da Daslu, falar no jornal que a prisão dela foi um absurdo - um exagero.
Exagero é o marido desta mulher que falou isso deixar ela sair de casa com o seu cartão de crédito e falar umas tolices dessas na impresa.
E a imprensa, como fica nessa? Pelo menos duas revistas de grande circulação (e também de caráter duvidoso) a classificou como sendo a notícia da semana.
Outra cretinice. O papel da imprensa é informar e não sair dando ibope para ladras e ladrões. Sim, pois o que ela é se não isso?
Fica a indignação. A ética é sempre buscar o bom, o bem comum.
A ética da Dona Daslu é sair da cadeia e posar de bacana nas revistas.
Mas ela tem classe. Ela disse ao sair da prisão que não estava cansada ou chateada. Ela disse que estava aloprada. Palavra chic para uma mulher chic que passa a mão no dinheiro dos outros com categoria.
Quero ir para o Alasca