27 de março de 2009

Rabiscos do Paulão - aula de filosofia da estética


1)O que é arte?

Aristóteles concebe a arte como uma criação especificamente humana. Aristóteles distingue dois tipos de artes: a) as que possuem uma utilidade prática, isto é, completam o que falta na natureza; b) as que imitam a natureza, mas também podem abordar o que é impossível, irracional, inverossímil.



Para os escolásticos, a arte é uma virtude do intelecto prático, um hábito de ordem intelectual que consiste em imprimir uma idéia a determinada matéria. A arte está relacionada à história da humanidade e a suas conquistas, à natureza humana e seu simbolismo, à herança cultural e ao desenvolvimento individual das pessoas, é uma maneira de ver o mundo, compartilhando-a com outras pessoas e, nesse sentido, propicia um diálogo entre o artista e o espectador, intermediado pelos sentidos , tanto de um lado como o do outro.


2)Quais as explicações possíveis a respeito da arte?

A arte se inicia com os homens da caverna que na tentativa de dominar a natureza, produziam uma arte instrumental que tem um significado místico, mágico.

Na visão psicanalítica a arte tem uma manifestação artística onde surge como forma de canalizar e equalizar as neurose, com isto se tem a tentativa do artista de fugir da realidade e criar um mundo ideal


3)Como Jorge Coli entende o discurso especializado?

Ele sustenta uma posição sociológica a respeito da arte, para quem é difícil defini-la. Pois acredita que existe uma grande dificuldade para se chegar em uma definição sobre o que é arte. É a cultura que determina o que deve ser considerado arte ou não e, na medida em que todos partilham de uma cultura , podem reconhecer uma obra de arte, ainda que não possa entendê-la em sua complexidade. É o “discurso” especializado um dos instrumentos de análise mais poderosos sobre a arte, pois é ele capaz de atribuir o estatuto “arte” a uma obra. A arte não parte de uma definição abstrata, lógica ou teórica, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura, capazes de dignificar o objeto sobre os quais ela recai.


4)Qual a diferença entre concepção de Beleza dos antigos?

Para Aristóteles, o que confere beleza a uma obra é a sua proporção, simetria, ordem, isto é, uma justa medida. A idéia da Beleza como manifestação do harmônico e ordenado, que surge com os antigos, passa a englobar outras categorias do Belo .


5)Explique as seguintes categorias: Belo, Beleza do feio, risível, trágico e cômico

Belo é o tipo de beleza harmônica e imponente fácil e suave fruição, no qual as partes que a compõem o todo estão ordenados e em si mesma.

Beleza do feio realiza-se a repugnância em grandes proporções, porque trabalha com coisas horríveis, embora seja, igualmente capaz de gerar sentimentos.

Risível – caracteriza-se por uma beleza desarmônica, em que o belo não é puro e sereno em sua fruição, sendo composto com certa feiúra e certo grotesco que provoca o riso.

Trágico – caracteriza-se como um tipo de beleza que desperta piedade e temor, resultando da ação e da grandiosidade, como no caso das tragédias gregas.

Cômico – ele está caracterizado pela intensidade da ação, porém, inclui em seu contexto o risível e o feio, explorando os vícios e maus costumes humanos. Diferentemente do risível, o cômico é mais intenso.


6)Explique as três teorias estéticos propostas por Harold Osborne.

Osborne índica três teorias:

A primeira é a instrumental onde se valoriza a arte pela finalidade que ela tem, procuram entender a arte em vista de uma concepção pragmática. Isto acontece a partir do século XVIII, a arte passa a ter uma concepção estética.

A segunda naturalista coloca que a arte é valorizada pela imitação que pode ser integral (realista) ou idealista, trata-se de uma postura que valoriza a realidade além da obra de arte, seja na as reprodução (realismo), seja tentando melhorá-la (idealismo).

A terceira e ultima é a formalista, trata-se daquela atitude em relação à obra de arte, antigas ou modernas, que se manifestam por meio do interesse e pelo jogo pela experiência estética. Contemplação da arte em sim mesma.

Quando a preocupação é com a forma de apresentação da obra, sendo esta a função que se preocupa unicamente com a forma artística como tal.

Paulo Augusto Loureiro - Filósofo da Unifai


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