5 de fevereiro de 2010

Bento 16 voltou a se posicionar contra a comunidade LGBT



O papa Bento 16 voltou a se posicionar contra a comunidade LGBT. Desta vez, criticou um projeto de lei britânico que pode tornar ilegal a discriminação a homossexuais.
Na última segunda-feira, 1º de fevereiro, o pontífice recebeu no Vaticano alguns bispos da Inglaterra e do País de Gales. Durante o encontro, afirmou que “o efeito de algumas leis criadas para atingir o compromisso com a igualdade de oportunidades tem sido impor limites injustos à liberdade das comunidades religiosas para agir de acordo com suas crenças".

A crítica se referia à Equality Bill, projeto de lei que pretende introduzir juridicamente direitos de igualdade a gays e lésbicas e condenar a discriminação em questões trabalhistas.

Organizações de defesa dos direitos LGBT anunciaram que realizarão protestos durante a visita do Papa à Grã-Bretanha, que deve ocorrer no segundo semestre deste ano. O ativista britânico Peter Tatchell afirmou que “as críticas do papa de que a legislação britânica de igualdade viola a lei natural são um ataque codificado aos direitos legais garantidos a mulheres e a pessoas gays".

Fonte:G.Online

2 comentários:

Marcos Martins César disse...

Bem, eu posso falar de conhecimento de causa, pois fui seminarista por 12 anos.
Não sou contra a entrada de gays por exemplo na vida religiosa. Mas, olhando pelo lado puramente humano é uma sacanagem para os heteros, pois os religiosos heteros tem que se abster da companhia das mulheres. Já os gays, estão onde eles querem...rodeados de homens.
Mas tirando esta visão puramente humana, penso que ser gay não desqualifica o sacerdócio, pois este, não é compatível com envolvimento carnal. Portanto, nem heteros e nem gay podem se relacionar com alguma pessoa

Portal Veritas disse...

Também sou ex-seminarista, embora religioso, da Ordem dos Frades Menores.

Assim como Marcos Martins escreveu, meu posicionamento também é refratário ao do papa. A dignidade do sacerdócio ou da vida religiosa não se relaciona exatamente com o que se faz ou com o que se é, mas como se faz e o que se pretende ser.

O celibato é uma disciplina monástica tanto para gays quanto para heteros. Vejo muito mais preconceito quanto aos gays do que fundamentação propriamente dita. É como se o próprio fato de ser gay já o desqualificasse.

Deve-se repensar o tabu da sexualidade no que diz respeito às vocações, não apenas monásticas, mas também laicais.