12 de outubro de 2011

O capitalismo segundo Karl Marx

Sem dúvida nenhuma Karl Marx é o maior crítico da economia contemporânea.
Viveu no século XIX, num período onde fervilhavam as novas descobertas tecnológicas e os avanços das indústrias e fábricas. O capitalismo vinha com todo vapor. No entanto, Marx percebeu que o capitalismo trazia consigo um fenômeno muito preocupante: a exploração dos trabalhadores.
De um lado os burgueses que Marx chamava de capitalistas, enriqueciam cada vez mais, e do outro os proletariados que precisam trabalhar horas a fio para ganhar um salário de fome.
Marx irá chamar este combate entre burgueses e trabalhadores de luta de classes. A única saída que Marx vislumbra para os trabalhadores seria a união em associações ou sindicatos; somente assim os proletariados unidos teriam alguma força ou chance de melhoria de vida.

Modo de produção e força de trabalho

a)- Meios de produção: Quem detinha os meios de produção ou as matérias primas eram os burgueses. São eles que movimentam o dinheiro e o capital diante dos meios de produção ou matérias primas elaboradas e trabalhadas pelos proletariados. De um valor X a o meio de produção ou as matérias primas se transformam no valor Y depois de elaboradas.

b)- Força de trabalho: Os proletariados precisavam vender sua força de trabalho para poderem garantir um pouco de dinheiro para sua sobrevivência. Através da força de trabalho davam acabamento nos meios de produção, criando os produtos.

A mais-valia

Vimos que nas relações sociais capitalistas, o trabalhador (proletariado) precisa vender sua força de trabalho que, de modo, converte-se em mercadorias meios de produção+força de trabalho= mercadoria.
O valor de uma mercadoria é determinado pela quantidade média de trabalho que ele contem, isto é, pela quantidade de trabalho socialmente necessária para sua produção. Essa quantidade é medida pelo tempo de duração desse trabalho, expresso em horas, dias, etc.
A mercadoria força de trabalho também possui um valor específico, representado pelo salário. Esse valor, como o de qualquer outra mercadoria, é determinado pelo tempo de trabalho socialmente necessário à sua produção. Mas o que significa produzir a mercadoria trabalhador? Significa garantir as condições necessárias à sua existência, o que implica satisfazer suas necessidades fisiológicas (reprodução, alimentação, vestuário, habitação, saúde, transporte, segurança etc) e culturais (educação, qualificação, lazer, etc).
Mas o que seria a mais-valia?
Digamos que para produzir o equivalente ao valor de seu salário um trabalhador precisasse trabalhar quatro horas diárias. No entanto, é obrigado a trabalhar oito horas. As quatro horas excedentes correspondem ao valor a mais por ele produzido e que não lhe retorna na forma de salário. Esse valor excedente produzido pelo trabalhador é o que se denomina de mais-valia. Apropriada pelo capitalista, é ela que lhe permite cobrir os custos da produção e, ainda auferir lucros e acumular capital para continuar investindo e enriquecendo.
Portanto, a mais-valia seria sempre a defasagem do salário do trabalhador frente ao que ele trabalha em horas. Em outras palavras, o seu salário nunca condiz com o trabalho que ele exerce.

Ideologia

Vimos que o modo de produção capitalista funda-se na exploração do trabalho da maioria pela minoria, mediante o processo de extração da mais-valia. Poder-se-ia, então, perguntar: como essa situação se sustenta? Por que as massas exploradas não se revoltam e não transformam essa realidade?
Em grande parte porque os interesses particulares (dos burgueses-capitalistas) são apresentados como universais, isto é, como se fossem interesses de toda a sociedade.
Com efeito, cada nova classe no poder é obrigada quanto mais não seja atingir os seus fins, a representar o seu interesse como sendo o interesse comum a todos os membros da sociedade ou, exprimindo a coisa no plano das ideias, a dar aos seus pensamentos a forma da universalidade, a representá-los como sendo os únicos razoáveis, os únicos verdadeiramente válidos. Isso acontece porque a classe que domina a produção econômica em uma determinada sociedade domina também a produção das ideias que circulam nessa sociedade, de modo que as suas ideias se tornam as ideias dominantes.
A classe que dispõe dos meios de produção, ou seja, os burgueses ou capitalistas, dispõe igualmente dos meios de produção intelectual, de tal modo que o pensamento daqueles a quem são recusados os meios de produção intelectual esta submetido igualmente à classe dominante. Esse processo pelo qual a classe dominante confere um caráter universal aos seus interesses e às suas ideias é o que se denomina de ideologia.
E como espalham a ideologia?
Geralmente pelos meios de comunicação, tais como: rádio, tv, internet, jornais, revistas, programas políticos, igrejas, etc.
Em resumo o papel da ideologia é mostrar as ideias de uma classe que domina como sendo a verdadeira. Quem tem o poder, consegue controlar e influenciar o pensamento das pessoas. Isto se chama ideologia.

Fonte: Resumo das aulas do 1º ano do ensino médio do professor Marcos Martins César

4 comentários:

Anônimo disse...

achei o blog muito interessante... com o conteúdo muito bom,e muito bem bolado.
vou indicar para meus amigos.





CHARLES E EDUARDO 1D

Daniela disse...

muito enteressante

Anônimo disse...

to fazendo uma pesquisa, e esse resumo, ta muito bem feito, vai ser muito útil

Anônimo disse...

Gosto muito da teoria de Karl Marx, e este texto me ajudou a me recordar sobre o que estudei no primeiro ano do Ensino Médio. Muito bem produzido!