Começo esta crônica que talvez será muito criticada, comentando já o título.
Todos nós, sem exceção, do reino, animal, vegetal, mineral, passamos por um estágio que assim denominamos de velhice. Pode-se chamar também de vida útil (linguagem moderna e tecnológica) ou ainda, para deixar o texto um pouco filosófico, sofremos a ação do tempo sobre nós, que somos contigentes.
Ser contigente é poder ser e não ser. E quando somos, um dia vamos deixar de ser, por conta mesmo do tempo que vai nos minando até a morte psiquica e biológica propriamente dita.
Mas a grande pergunta tem que ser feita: o que é ser velho?
Ser velho, é ser vítima do tempo, ou fora de uso, portanto, aposentado deixado de lado.
Pelo que me parece ser velho hoje em dia é apenas alguém que está a muito tempo por aqui entre nós.
A indústria farmacêutica-médica, deu uma ajudinha aos nossos bons velhinhos nos últimos tempos. Com a invenção do viagra, o poder de fogo dos velhinhos subiu em torno de 20 a 30%.
Uma pesquisa mostrou que 66% dos velhinhos usaram ou usa este dispositivo da alegria.
Onde eu quero chegar com isso tudo? Uma crônica médica? Um resumo de notícias lidas durante a semana? Não!
Quero dizer que a vida continua depois dos 60, e que cabelo branco e uma espinha dorsal mais encurvada não é sinal de pureza angelical dos nossos idosos.
Antropologicamente, o homem nasceu para fazer sexo. Por isso que estamos aqui hoje. E nada mais justo do que deixar nossos velhinhos deleitar-se nos prazeres carnais da deusa afrodite.
Para terminar e assim chegar ao objetivo do título da crônica, os velhos são os que mais traem segundo uma pesquisa realizada no Brasil. Um contigente de 8237 pessoas revela o seguinte quadro:
de 26 a 40, 67%dos homens traem e 46% das mulheres traem
de 41 a 50, 71% dos homens traem e 33% das mulheres traem
de 51 a 60, 71% dos homens traem e 29% das mulheres traem
Fonte: Carmita abdo
O que isso significa? Que os homens são iguais aos vinhos. Quanto mais velho, mais apurados (safados) ficam, enquanto as mulheres que na juventude aprontavam, no decorrer dos anos vão sossegando o facho.
Talvez o bicho homem (masculino), queira igualar-se aos deuses gregos, que sendo eternos, portanto, muito vividos na terra, continuam aprontando e festejando, e se deliciando nas orgias dionisíacas.
Mas Apolo, Zeus, que antes davam uma forcinha para nós pobres mortais contigentes na modernidade mudaram de nome. Agora é o deus Viagra. Este é adorado por todos os homens velhinhos e mortais.
Portanto, parafraseando um saudoso professor meu Hermínio Pretto - "Não devemos respeitar todos os idosos, pois os cretinos também envelhecem".
Por fim, todos nós salvo algum imprevisto contigencial, seremos velhos, mas isso não nos dá o aval de sermos sacanas.
Marcos é filósofo e teólogo
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