4 de julho de 2009

Estética - Kant, Hegel, Plotino e Adorno ( Rabiscos)

1)Explique a fruição da beleza segundo a perspectiva subjetivista de Kant e quais seus impactos para o campo da estética?

Segundo Kant, a beleza não é propriedade do objeto, mas é antes resultado de uma construção do sujeito, temos assim uma postura subjetivista. Kant acredita que não é possível que os problemas estéticos sejam resolvidos, isso porque reconhece uma discrepância entre juízos estéticos ( não emitem conceitos, mas apenas decorrem da simples apreensão pessoal do contemplador diante do objeto ex: esta rosa é bela, este juízo exprime somente o fato de que tal rosa me agrada, ou seja, juízo de gosto, difere do juízo de conhecimento pelo fato ser subjetivo)e juízos de conhecimento (emitem conhecimentos e possuem validade universal, pois se baseiam em propriedade do objeto ex: esta rosa é branca, estou emitindo um juízo de conhecimento).
O juízo de gosto ou estético não produz um relativismo? O que agrada a mim não pode agradar o outro, Kant responde que uma sensação de prazer que o sujeito sente diante de um objeto não significa que seja relativo, pois aquele sujeito, não se conforma que aquele quadro seja belo somente para ele.

2) Explique a crítica de Adorno à sociedade contemporânea, destacando o papel da arte em sua crítica?

A arte contemporânea não é diversão ou entretenimento (tal como na indústria cultural). Ela é mesmo anti-social, pois despreza normas e preceitos preconcebidos socialmente e, portanto, tem como característica a autonomia. Mas apesar desse hermetismo, ela não é autista, pois dialoga com a sociedade. A Arte contemporânea exprime o sofrimento humano e é pro isso que ela utiliza materiais que não são agradáveis nem belos, muitas vezes vistas como obras irracionais, mas que nos permite descortinar os véus que encobrem os absurdos cometidos pela sociedade capitalista conta nossa individualidade concreta.

3) Explique a teoria Plotínica do Belo e sua importância para a estética medieval?

Plotino discorda da solução aristotélica, procurando desconstruir tal argumento o filósofo defende que aqueles que julgam o belo como a harmonia do todo, ignoram as partes que constituem esse todo, e ao fazê-lo, não reconhece ser impossível que uma totalidade bela seja constituída de partes feias. Plotino descarta a idéia de uma beleza do todo em detrimento das partes, defendendo, em sua obra Enéada, uma beleza simples.
Plotino, assim como para Platão , as belezas do mundo sensível são como sombras ou simulacros de uma beleza absoluta, que chegaram à matéria e a adornaram, ao acessar essas belezas terrenas, o individuo é levado a recordar-se da beleza absoluta que conhecera, entretanto assim em êxtase diante do BELO.
Para ele, a alegria que a alma sente diante de uma obra bela origina-se no fato de que, diante dela, nós sentimos que estamos diante da chispa de uma outra alma humana, esse encontro caracteriza a alegria diante da obra. Seu pensamento estético foi de suma importância para o pensamento primitivo medieval e para os escolásticos. Tanto Santo Agostinho e São Tomás de Aquino trazem sua marca.
Plotino também discorre brevemente sobre o assunto, pondo em causa a idéia de que o belo possa ser medido pela grandeza e pela ordem. Plotino segue ainda Platão e conclui que tais critérios apenas servem a beleza física, ignorando a beleza moral

4) Explique a questão do Belo para Hegel?

Hegel afirma que a Beleza “se define como manifestação sensível da idéia”, tendo em vista que “a unidade da idéia e a da aparência individual é a essência da Beleza e de sua produção na Arte”. Hegel considera a beleza como manifestação da unidade (idéia ou absoluto) no ser individual (obra material).

Nenhum comentário: